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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

IRARA

IRARA
Eira barbara


Foto: Germano Woehl Jr.

Zôo de Pomerode (SC), janeiro 2004.


AMEAÇAS:
Eliminação da espécie por apicultores, porque ela eventualmente pode procurar mel numa colméia ou outra. Se a caixa de madeira que abriga a colméia for mal construída ou mal conservada, ela faz um buraco e entra nas colméias, segundo o relato de apicultores.
Com a expansão da apicultura que invade o hábitat da espécie, a Irara vem sendo exterminada pela falta de consciência de alguns apicultores que matam de forma cruel e impiedosa, exterminando-a até em áreas bem preservadas. Para matá-la esses apicultores colocam ovos de galinha envenenados juntos às colméias. Além disso, o desmatamento das últimas áreas de floresta contribui no seu desaparecimento.

DESCRIÇÃO:
Atinge um comprimento de 92cm a 1,17m com a cauda, pesa de 3 a 7 kg. Possui corpo alongado, cabeça larga com orelhas pequenas e arredondadas, pescoço longo e o focinho é curto possuindo longas cerdas, como se fosse um bigode.
Os membros traseiros e dianteiros são curtos com os pés e mãos tendo unhas grandes, fortes e não retráteis. Cauda longa e peluda. Os pêlos do corpo são curtos e grossos. Há muita variação quanto à coloração. Possui glândula odorífera que exala um cheiro muito desagradável. O filhote, ao nascer, é inteiramente preto; às vezes apresenta mancha esbranquiçada no peito.

ALIMENTAÇÃO:
Alimenta-se de médios e pequenos animais como ratos, gambá, cuíca, pássaros e insetos como lagartas, grilos, besouros, cigarras etc. Come também ovos de pássaros e frutos encontrados na floresta.
Gosta muito de mel, fato este que faz receber o nome vulgar de “papa-mel”, aliás, o termo “irara” vem da língua tupi “i’rá = mel + rá = tomar”. Por esse motivo é perseguida por alguns apicultores, conforme relatado acima (no quadro “ameaças”).

REPRODUÇÃO: Atinge maturidade sexual aos 2 anos de idade. O período de gestação varia entre 63 e 68 dias. Tem de 2 a 4 filhotes.

OBSERVAÇÕES:
Vive em matas (primárias e secundárias) e anda tanto no solo, como sobre as árvores. Apesar de ter hábitos noturnos e diurnos, fica mais ativa nas horas crepusculares. Durante o dia, permanece escondida em tocas cavadas por outros mamíferos, ou em ocos de árvores. Corre e nada bem.
Ao ser importunada, desloca-se pelo chão por entre a vegetação, ou sobe nas árvores pulando de galho em galho por longas distâncias. A substância liberada pela glândula odorífera é usada contra os predadores.
Quase sempre solitária, pode andar aos pares ou em pequenos grupos familiares. Para pegar o mel enfia o focinho no buraco da árvore. Se não consegue chegar ao mel desta forma, utiliza as patas para tirar pedaços do tronco até achá-lo. 

PERERECA-ARAPONGA

PERERECA-ARAPONGA
Hypsiboas albomarginatus

Foto: Germano Woehl Jr.
Local: RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim SC
Data: Jan/1998


TAMANHO:
 51 mm (macho); 60 mm (fêmea)

OCORRÊNCIA: Mata Atlântica do Estado de Santa Catarina até o Rio Grande do Norte.

Foi classificada pelo zoólogo alemão J.B. von Spix, em 1824, durante a famosa expedição do naturalista austríaco Karl Friedrich P. von Martius. Tem hábitos noturnos. Vive nas copas das árvores. Durante o dia, dorme escondida no meio das folhas.

Sua coloração verde, que se altera durante o dia (fica verde-claro sem as pintas pretas que aparecem nesta foto), é uma camuflagem perfeita para proteger-se contra os predadores. Os machos dessa espécie coaxam em coro, com alta intensidade. O coaxar é semelhante ao canto de uma araponga.