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sábado, 30 de abril de 2011

Principais ecossistemas aquáticos continentais


 
Ecossistemas Lacustres (Lagos, lagoas e lagunas)
Ecossistemas aquáticos formados em depressões no terreno, geralmente com hidrodinâmica reduzida.
Suas águas têm em geral baixo teor de íons dissolvidos, quando comparadas às águas oceânicas.
Exceto os lagos localizados em regiões áridas, onde o teor de íons pode ser alto e as lagunas costeiras, que possuem contato com o mar.

Origem dos ecossistemas lacustres
Principais mecanismos de formação:

Tectônica
Formados por movimentos da crosta terrestre.

Vulcânica
Formação de depressões, ou concavidades não drenadas naturalmente, ou quando as lavas emitidas por um vulcão barram um rio.

Glaciação
Formados pela ação de geleiras.

Lagos de solução
Formados quando depósitos de rocha solúvel são gradualmente dissolvidas por água de percolação.
Ex: dissolução de CaCO3 a partir de água ligeiramente ácida.

Lagos formados por atividade fluvial
Os rios ao fluírem tem a capacidade obstrutiva (deposição de sedimentos) e erosiva (transporte de sedimentos).

Lagos formados pela ação de ventos
Depressões formadas pela ação do vento ou bloqueadas por acúmulo de dunas.

Lagos formados por depósitos de origem orgânica
O crescimento de plantas e detritos associados pode barrar rios e formar pequenas lagoas.

Deslizamentos
Movimentos de rochas ou solos em grande escala podem produzir lagos por barramento de vales, geralmente são temporários.

Lagos, lagunas e lagoas costeiras
Deposição de material na costa, em regiões onde existem baías ou reentrâncias.

Lagos de origem meteorítica
Ação da queda de meteoritos.

Lagos formados por vários processos
Vários processos descritos anteriormente podem interagir formando lagos.

Represas artificiais
Formadas pelo represamento de rios.

Morfologia e morfometria de Lagos
A origem do lago estabelece, portanto, algumas condições morfológicas e morfométricas básicas, que alteram-se com o tempo de acordo com uma série de fatores que ocorrem nas bacias hidrográficas.

Principais características morfométricas:
Área (km2);
Comprimento máximo;
Largura máxima;
Profundidade;
Perímetro.

Quanto a morfologia, os principais tipos são, segundo Hutchinson (1957):
Circular;
Subcircular;
Elíptico;
Alongado sub-retangular;
Dendrítico;
Triangular;
Irregular,
Forma de crescente (meia-lua).

A identificação do perfil batimétrico de um lago também é importante, pois existe uma relação entre irregularidades e depressões e a circulação.
Esta depressões podem apresentar diferenças térmicas e químicas durante o período de estratificação.

Principais compartimentos e comunidades
Região Litorânea
Compartimento que está em contato direto com o ecossistema terrestre adjacente (Ecótono de transição).
Grande número de nichos ecológicos e cadeias alimentares (herbivoria e detritos).
Possui produtores primários, consumidores e decompositores.
Geralmente colonizado por macrófitas aquáticas.
Comunidades: planctônica, nectônica e bentônica.

Região Pelágica
Compartimento da coluna d’água sem contato com as margens e onde ocorre penetração de luz.
Apenas macrófitas flutuantes.
Encontramos as comunidades:
Planctônica;
Nectônica (peixes),
Bentônica (caso a luz alcance o fundo, ex: lagoas).

Região Profunda
Compartimento da coluna d’água onde não ocorre mais a penetração da luz.
Ausência de organismos fotoautotróficos.
Região totalmente dependente da produção primária das regiões litorânea e pelágica.
Comunidades: nectônica e bentônica (+ abundante).
A diversidade e a densidade populacional bentônica depende da concentração de oxigênio e disponibilidade de alimento.

Interface Água-Ar
Habitada por duas comunidades:
Nêuston (organismos microscópicos como fungos, bactérias e algas),
Plêuston (plantas superiores e animais).
Estes organismos conseguem viver neste ambiente devido a tensão superficial da água.

Rios e riachos
Ecossistemas aquáticos com movimentação horizontal e unidirecional das correntes e uma grande interação com sua bacia hidrográfica.
As características físicas que interferem no volume de água e no transporte de materiais são:
Largura e profundidade do canal do rio;
Velocidade da corrente;
Rugosidade do sedimento;
Grau de sinuosidade do rio;
Principais tributários.

Transporte de materiais
O sedimento (inorgânico ou orgânico) transportado pelos rios deriva da:
Erosão das margens;
Erosão nas bacias hidrográficas.
E deposita-se nas áreas de várzea, remanso e zonas de baixa velocidade.
De modo geral os rios depositam material de maior tamanho a montante e material particulado (fino) a jusante.

Classificação da rede de drenagem
Rios e riachos nas bacias hidrográficas são classificados de acordo com a sua ordem.
Os pequenos riacho e fontes de cabeceira são de primeira ordem. Quando dois riachos de primeira ordem se juntam, tornam-se um riacho de segunda ordem e assim sucessivamente.

Flutuações de nível e Ciclos de descargas
A variação do nível dos rios depende principalmente dos ciclos climatológicos da bacia hidrográfica em que está inserido (precipitação e evapotranspiração anual e sazonal).
Descargas muito rápidas após intensas chuvas aumentam o transporte de material e organismos a jusante.

O conceito do continuum do rio
Baseada na ordem do rios, no tipo de matéria orgânica particulada e no tipo de invertebrados bentônicos presentes.
Consiste nas alterações que ocorrem desde a cabeceira do rio até o seu desaguadouro em outro rio ou no estuário.
Juntamente com as modificações físicas, também ocorre uma série de ajustes biológicos associados.
A estrutura e a função das comunidades bentônicas, desde a nascente até a desembocadura, são asseguradas pelo gradiente de matéria orgânica alóctone a autóctone.
Riachos de ordem 1-3
        Matéria orgânica particulada grossa (MOPG) alóctone.
        Base alimentar para cortadores (caranguejos e larvas de insetos).
Rios de ordem 4-7
        Matéria orgânica particulada fina (MOPF)       originada da atividade dor organismos rio    acima.
        Coletores de sedimento ou filtradores    (larvas de insetos).
Rios de ordem 8-12
        Produção primária autóctone predomina        (algas do microfitobentos e macrófitas         aquáticas), com presença de MOPF e    matéria orgânica dissolvida (MOD),         utilizada por herbívoros e raspadores    (moluscos e larvas de insetos).

Áreas alagadas, pantanosas ou zonas úmidas (wetlands)
Ecossistemas que, ou está permanentemente sob inundação em áreas rasas ou sofre inundações (periódicas ou não), com flutuações de nível e geralmente apresentam solo saturado de água.
Porém é extremamente difícil uma definição precisa, pela diversidade de área alagadas e pela dificuldade de demarcação entre as áreas secas e alagadas.
Embora, exista a dificuldade de definição destas áreas, elas compartilham de algumas características em comum:
Presença de água e tipos especiais de solos que diferem daqueles de áreas secas mais elevadas;
São sistemas intermediários entre ecossistemas terrestres e aquáticos que suportam uma vegetação (hidrófitas ou macrófitas aquáticas) adaptada ás condições de alagamento e flutuações periódicas do nível;
A variação da flutuação do nível da água nas áreas alagadas é bem ampla, o que torna a definição mais complexa;
Geralmente são áreas rasas;

Ciclo hidrológico da áreas alagadas
As condições hidrológicas determinam as mudanças nas condições físicas e químicas da água, tais como pH, disponibilidade de nutrientes e concentração de oxigênio dissolvido.
O balanço de nutrientes causados pela entrada e saída da água, a intensidade dos fluxos de matéria e o ciclo de energia são determinados pelo ciclo hidrológico.
As alterações hidrológicas produzem rápidas mudanças na diversidade de espécies e da biomassa.

O ciclo hidrológico define o hidroperíodo, que representa o padrão estacional do nível de água.
Cada área alagada apresenta um hidroperíodo característico, sendo resultado dos seguintes fatores:
Balanço entre entrada e saída de água;
Fisiografia da região, geologia, águas subterrâneas e solo da subsuperfície.

Áreas alagadas são importantes sistemas de retenção (acúmulo) de nutrientes, substâncias diversas e metais pesados, podendo ser utilizadas para tratamento primário e inicial de esgotos.
Porém esta capacidade é limitada!!!
Outras funções importantes:
Regulação do ciclo hidrológico;
Capacidade de controlar enchentes (retenção);
Áreas de reprodução de espécies animais;
Manutenção da biodiversidade.

Diferenças entre ecossistemas aquáticos e terrestres e principais ecossistemas aquáticos marinhos


 
Principais diferenças entre ecossistemas terrestres e aquáticos
A água tem várias características que tem um profundo efeito nos organismos aquáticos:
A alta densidade permite que partículas e organismos permaneçam suspensos na água, com isso, todo ambiente marinho está envolto por uma comunidade flutuante, o plâncton.
Esta comunidade flutuante possibilitou a evolução de organismos filtradores e possibilitou uma grande dispersão mesmo de organismos sésseis (estágios larvais);
Como os organismos aquáticos estão envoltos pela densa e viscosa água, eles não precisam de estruturas de sustentação como esqueletos e celulose;
Os produtores primários no ambiente aquático estão confinados as camadas superficiais onde existe penetração de luz;
A velocidade do som no ar a 20oC é 346 m/seg. enquanto que na mesma temperatura, na água do mar é 1,518 m/seg. (animais aquáticos usam o som para monitorar seus movimentos, procurar comida, escapar de predadores, etc. compensando desta forma a limitada visão no ambiente aquático);
A água contém uma grande quantidade de matéria orgânica dissolvida (MOD), que é fonte energética alimentar.
O meio aquático permite que tanto o gameta masculino como o feminino sejam móveis, possibilitando uma fecundação externa. Não existe polinizadores.
No ambiente aquático, a maior parte dos produtores primários (algas unicelulares) e dos herbívoros (copépodos) são microscópicos. Estes herbívoros possuem a habilidade de remover completamente os autótrofos.
As cadeias alimentares aquáticas tendem a ser mais complexas e com mais níveis tróficos que as cadeias alimentares terrestres.

Ecossistemas Aquáticos Marinhos
Ecossistemas Oceânicos;
Ecossistemas Costeiros.

Geografia e geomorfologia dos oceanos
Os oceanos cobrem 71% da superfície terrestre. Em torno de 61% do Hemisfério Norte e 81% do Hemisfério Sul.
Os oceanos foram separados em: Oceano Pacífico, Atlântico, Indico, Ártico e Austral ou Antártico.
Existem ainda corpos d’água menores, que são chamados de mares (ex: Mediterrâneo, do Caribe, etc.) e possuem características oceanográficas distintas dos oceanos devido a uma circulação mais restrita.

Os continentes formam as margens laterais das bacias oceânicas. Partindo da terra, as principais divisões geomorfológicas encontradas são:
Costa (Parte da terra firme em contato com o mar e modificada pela ação deste);
Plataforma continental (Área contígua à costa, possuindo uma inclinação pouco acentuada);
Talude continental (Inicia-se onde a plataforma continental sofre um aumento na inclinação);
Elevação continental ou Sopé continental (Segue-se ao talude, onde diminui novamente a inclinação);
Fundo Abissal ou Planície abissal (A inclinação é mínima e podemos encontrar várias feições topográficas: Cordilheiras mesoceânicas, fossas oceânicas, montes submarinos, ilhas vulcânicas, vales e cânions).

Divisões do Ambiente Marinho
O ambiente marinho pode ser dividido em dois grandes domínios:
Bentônico, que compreende a totalidade do substrato oceânico,
Pelágico, que corresponde à massa d’ água total situada acima do leito submarino.

Horizontalmente, o ambiente pelágico pode ser dividido em:
Nerítico (acima da Plataforma Continental).
Oceânico.

Verticalmente, ele pode ser dividido quanto a penetração de luz:
Zona fótica, eufótica ou epipelágica (iluminada, onde ocorre fotossíntese).
Zona Afótica (sem luz suficiente para fotossíntese).

A parte pelágica da zona afótica pode ser subdividido verticalmente:
Mesopelágica;
Batipelágica;
Abissopelágica;
Hadopelágica.
No caso dos organismos bentônicos, estes podem viver nas zonas:
Entremarés ou Litoral;
Sublitoral (Plataforma Continental);
Batial;
Abissal;
Hadal.

Produção Primária

A produção primária é fundamental para a sustentação de todas as formas de vida na natureza e para a estruturação de todos os ecossistemas, pois através desse processo viabiliza-se fluxos de energia e matéria entre o mundo abiótico e os organismos vivos.

No mar, a atividade fotossintética é realizada por diversos tipos de organismos, entre eles:
Fitoplâncton.
Cianobactérias.
Microalgas bentônicas.
Macroalgas.
Plantas vasculares.
Associações simbióticas envolvendo algas (zooxantelas, presentes nos corais).

A produção primária anual média de águas costeiras é superior àquela observada em águas oceânicas, devido às maiores concentrações de nutrientes.
As regiões costeiras contribuem com 90% do total da produção pesqueira mundial.
Várias espécies de valor comercial estão sendo sobrexploradas!!!

Ecossistemas Costeiros

Entremarés (Região localizada entre o nível mais alto das marés até o mais baixo das marés, portanto, sujeito a ação das marés).

Condições Ambientais do entremarés

As marés afetam os organismos, pois parte do tempo ficam expostos ao ar e depois submersos, agindo sobre o relógio biológico dos organismos.
As altas temperaturas podem causar dissecação dos organismos expostos ao sol.

As ondas podem agir:
Diretamente: efeito mecânico, spray salino.
Indiretamente: aumenta o oxigênio dissolvido e diminui a penetração de luz.

Salinidade pode variar bastante, devido a chuvas durante as marés baixas, nas poças de maré, etc.

Adaptações dos organismos ao entremarés

Resistência à perda de água
Procuram microhabitats (fendas, buracos, etc.).
Se cobrem com conchas, detritos.
Fechando as conchas.
Produzindo muco.

Estresse Mecânico.
Firmes no substrato.
Conchas resistentes e com formato simples.

Respiração
Órgãos respiratórios em cavidades.
Cavidade do manto funciona como pulmão.
Peixes do entremarés possuem guelras reduzidas e podem respirar pela pele (cutânea).

Alimentação
Geralmente se alimentam apenas na maré cheia, para não dessecarem.

Reprodução
Geralmente desova nas marés altas e larvas planctônicas.

Costão Rochoso ou Costa Rochosa
Densamente povoado com topografia variada e alta riqueza de espécies.
Zonação
Organismos habitam a faixa vertical onde estão mais adaptados a viverem.
Existem fatores físicos (ondas, temperatura, etc.) e fatores biológicos (competição, predação, herbivoria, assentamento larval) que atuam sobre os organismos.
Nas zonas superiores os principais fatores são os físicos e nas zonas inferiores os fatores biológicos.

Costa Arenosa
O que define as praias é:
Tamanho das partículas (grãos).
Ação das ondas.
Inclinação.
 
Ondas pequenas = grãos pequenos = pouca inclinação (Dissipativa).
Ondas grandes = grãos grandes = muita inclinação (Reflectiva).

Estuários
Um estuário pode ser definido como:
Um corpo de água costeira, semi-fechado, que tem uma conexão com o mar aberto, no seu interior a água do mar é misturada com a água doce proveniente de drenagem terrestre.

Características físico-químicas dos estuários
Salinidade
Grande variabilidade, pois as marés altas quando penetram no estuário levam águas com salinidades altas e nas marés baixas estas salinidades recuam devido ao aporte de água doce continental.
O substrato apresenta variações menores de salinidade quando comparado com a coluna d´água.

Substrato
A baixa energia favorece a deposição de partículas finas (silte/argila). Estes substratos possuem uma grande quantidade de matéria orgânica, vindos tanto do continente como do mar.

Temperatura
Varia mais que nas regiões adjacentes, por ser um volume de água menor e mais raso.

Ação de ondas e correntes
Por ser um local abrigado e raso, a ação das ondas é mínima, as correntes de maré e o fluxo dos rios são as principais correntes dos estuários.

Turbidez
É grande nos estuários, devido a grande quantidade de material em suspensão, limitando a produção primária fitoplanctônica.

Oxigênio
Na coluna d’água é abundante (ventos, profundidade rasa, fluxo dos rios, etc.), mas no substrato é limitada devido a alta quantidade de matéria orgânica e ação bacteriana.

Composição Faunística
Espécies marinhas, dulcícolas e estuarinas. Muitas espécies migram para os estuários procurando alimento, abrigo e área para reprodução. A diversidade é baixa devido as fortes variações ambientais, porém a biomassa é grande.

Ecossistema manguezal
O manguezal é um ecossistema costeiro, localizado no entremarés, característico de regiões tropicais e subtropicais.
É constituído de espécies vegetais típicas (mangues), além de micro e macroalgas, adaptadas à flutuação de salinidade.
Apresenta condições propícias para alimentação, proteção e reprodução de muitas espécies animais, sendo considerado importante transformador de nutrientes em matéria orgânica e gerador de bens e serviços.

Bens e Serviços prestados pelo manguezal
Fonte de detritos (matéria orgânica) para as águas costeiras adjacentes, constituindo a base de cadeias tróficas de espécies de importância econômica e/ou ecológica.
Área de abrigo, reprodução, desenvolvimento e alimentação de espécies marinhas, estuarinas, límnicas e terrestres.
Proteção da linha de costa contra tempestades.
Fonte de recreação e lazer, associada a seu alto valor cênico.
Fonte de alimento e produtos diversos, associados à subsistência de comunidades tradicionais que vivem em áreas vizinhas aos manguezais.

Recifes de corais
Comunidades construídas exclusivamente por atividade biológica de organismos que secretam carbonato de cálcio (corais, algas calcáreas e outros).
Embora os corais possam ser encontrados também em águas mais geladas é nos trópicos, entre as isotermas de 20o C, que eles conseguem se desenvolver melhor.
Existem dois tipos de corais:
Zooxantelados ou Hermatípicos (corais que produzem recifes; mais encontrados nos trópicos).
Azooxantelados ou Ahermatípicos (corais que não formam recifes, também são encontrados em áreas mais geladas).

Fatores Limitantes:
Temperatura
A temperatura média anual ideal é entre 23 – 25oC.
Profundidade
Acima de 50-70 metros de profundidade, sendo que se desenvolvem melhor em profundidades acima de 25 metros.
Luz
Importante fator, pois as zooxantelas necessitam de luz para realizarem fotossíntese.
Salinidade
Os corais não toleram salinidades muito baixas, o ideal é entre 32-35 (ups ou %o).
Sedimentação
Não toleram locais com alta turbidez, pois prejudica a fotossíntese e a captura de alimento.
Ação de ondas
Se desenvolvem melhor em locais com ondas moderadas. As ondas trazem oxigênio, evita a sedimentação e renova o plâncton.
Exposição ao ar
Não toleram muito tempo a exposição ao ar.
Estrutura dos Corais
Filo Cnidaria, Classe Anthozoa.
A maioria é colonial, porém cada indivíduo é um pólipo.
O esqueleto de carbonato de cálcio é externo.
Alimentação
Os corais são carnívoros, usam seus tentáculos com nematocistos para capturar zooplâncton á noite, porém esta alimentação só corresponde a 5-10% do total, o restante é produzido fotossinteticamente pelas zooxantelas e transferido para os pólipos.

Ciclo Hidrológico


A radiação solar fornece a energia necessária para todo o ciclo hidrológico.
Grande parte desta é utilizada na evaporação da água dos. Desta, a maior parte, ou seja, 75% retorna diretamente aos oceanos sob a forma de precipitação. O restante da água evaporada (25%) precipita-se sobre os continentes.
Embora a evaporação e a precipitação sejam os elementos mais importantes do ciclo hidrológico, a evapotranspiração, infiltração, escoamento superficial e subterrâneo também possuem extrema importância á nível regional.

A vegetação terrestre pode influenciar significativamente o ciclo hidrológico:
Retendo parte da água na folhagem, a partir da qual ela pode evaporar.
Absorvendo água do solo, que entra na corrente de transpiração.

Evitando dessa maneira, que a água da chuva chegue ao curso d’água e a partir do qual ela pode evaporar, acelerando o ciclo hidrológico local.

A Floresta Amazônica tem um papel decisivo no regime de chuvas do sudeste do Brasil.
A massa de ar úmido que vem do Atlântico tropical provoca chuvas sobre a Amazônia.
A mata, no entanto, devolve 50% da água para a atmosfera, via evaporação. A massa de ar segue seu caminho, ricocheteia nos Andes e se volta para o sul do continente.
Sem a floresta, a água seria toda absorvida pelo solo, provocando secas no sudeste do Brasil, e comprometendo toda a geração de energia da Bacia do Prata.

A distribuição dos volumes estocados nos principais reservatórios de água da Terra é bem heterogênea.

Cerca de 97,5% do volume de água da Terra formam os oceanos e mares e somente 2,5% é água doce.
Desta água doce:
68,9% forma as calotas polares, geleiras e neves eternas;
29,9% águas subterrâneas doces;
0,9% umidade dos solos, inclusive dos permafrost e pântanos,
0,3% rios e lagos.

Disponibilidade de água
A nível global não existe problema de escassez de água, pois cada habitante da Terra tem disponível nos rios entre 6 mil e 7 mil m3/ano (6 a 7 vezes a quantidade mínima) estimado como razoável pelas Nações Unidas.
Porém este potencial está muito mal distribuído o espaço.

Atualmente 7% da população mundial vivem em áreas com estresse hídrico, principalmente no norte da África.
Em 2050, 1 em cada 6 pessoas não terão água suficiente para seus requerimentos básicos e cerca de 2/3 da população mundial sofrerá algum tipo de problema referente ao estresse hídrico.

Características físico-químicas da água


 
A molécula de água possui uma natureza polar, onde o lado (+) positivo (H) atrai das outras moléculas o lado (-) negativo (O), formando as “pontes de hidrogênio”, que são fracas, portanto, facilmente quebradas e remodeladas.
Para se quebrar as pontes de hidrogênio são necessários 7 kcal para 1 mol de água no estado líquido e nessa quantidade para se quebrar as ligações covalentes da molécula são necessários 110 kcal.
A diminuição da temperatura diminui a agitação das moléculas, aumentando as pontes de hidrogênio. A redução da distância média entre as moléculas com um conseqüente aumento na densidade (que é a relação entre massa e volume que ela ocupa) até aproximadamente 4ºC.
Em temperaturas abaixo de 4ºC, agregados de moléculas adquirem uma estrutura mais fixa e simétrica (1 átomo de oxigênio ligado a 4 de hidrogênio, e cada hidrogênio a 2 de oxigênio). Em temperaturas mais baixas, arranjo menos denso, com largos espaços separando-as.
A água no estado sólido apresenta menor densidade.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Caracteristicas Topograficas e Geologicas


Título : Características topográficas e geológicas
Conteúdo :
·        Características topográficas e geológicas provocam variações locais no clima Þ em áreas montanhosas, os solos em encostas íngremes têm boa drenagem causando estresse de seca para a vegetação da encosta, já o solo nas terras baixas é saturado por água. Em regiões áridas os córregos das terras baixas ou os leitos de rios sazonais podem sustentar florestas ripárias.
·        A temperatura do ar diminui com a altitude Þ causada pela expansão do ar nas pressões atmosféricas mais baixas em altitudes superiores.
·        O clima e a rocha matriz subjacente determinam a diversificação dos solos Þ O clima afeta as distribuições de plantas e animais indiretamente através de sua influência no desenvolvimento do solo.
o       Solo: camada de material alterado quimicamente e biologicamente que recobre a rocha ou outros materiais inalterados na superfície terrestre. Ele inclui minerais derivados da rocha matriz, minerais modificados recém-formados, matéria orgânica, ar, água, raízes, microorganismos e invertebrados (vermes, artrópodes).
·        As camadas distintas do solo: horizontes.
·        As características do solo determinam sua capacidade para reter água e para tornar disponíveis os minerais necessários para o crescimento das plantas.
·        Cinco fatores determinam as características dos solos: clima, material parental (rocha subjacente), vegetação, topografia local e idade. Os horizontes do solo revelam uma diminuição na influência dos fatores climáticos e bióticos com o aumento da profundidade.
·        Os solos existem em um estado dinâmico, modificando-se à medida que se desenvolvem sobre rochas recentemente expostas. E mesmo depois que atingem propriedades estáveis, permanecem num fluxo constante.
·        Em ambientes com pouca chuva, a rocha matriz se decompõe vagarosamente e a produção vegetal acrescenta poucos detritos orgânicos ao solo: regiões áridas Þ solo raso; trópicos úmidos Þ alterações químicas podem se estender a profundidades de até 100m; zonas temperadas Þ profundidades intermediárias, média de 1 m.
·        Intemperismo: a alteração física e química do material rochoso próximo à superfície da Terra, pela penetração de águas superficiais.
o       Alterações químicas iniciais da rocha ocorrem quando a água dissolve alguns de seus minerais mais solúveis (cloreto de sódio e sulfato de cálcio).
o       O intemperismo é mais severo sob condições tropicais de alta temperatura e precipitação.
·        Sob condições amenas e temperadas de temperatura e precipitação, os grãos de areia e partículas de argila resistem ao intemperismo e formam componentes estáveis do solo. Em solos ácidos, no entanto, as partículas de argila que retêm nutrientes no solo se decompõem e seus íons solúveis são transportados para baixo e depositados em horizontes inferiores Þ podzolização: reduz a fertilidade das camadas superiores do solo.
·        A formação do solo enfatiza o papel do ambiente físico, particularmente o clima, a geologia e as formas de relevo na criação da variedade de ambientes para a vida que existe na superfície terrestre.

Campos Sulinos e Campos de Altitude

Título : Campos sulinos e Campos de altitude
Conteúdo :
CAMPOS SULINOS E CAMPOS DE ALTITUDE

·        Biogeografia: Campos de altitude: a partir de 2000m Þ Serra da Bocaina, Serra da Mantiqueira (SP e MG), Serra do Espinhaço (MG), Chapada Diamantina (Ba) e Serra Dourada e Geral (Go).
·        Topografia: Áreas de serras e montanhas.
·        Solo: substrato pouco desenvolvido, rochas expostas (litossolo) Þ solos litólicos ou rochosos, originados da decomposição de arenito e quartzito, depósito de areia (quartzo), pobres em nutrientes, ácidos e com baixo teor de matéria orgânica. Afloramentos rochosos e/ou calcáreos Þ permitem o crescimento das raízes das plantas nos espaços existentes de solo.
·        Clima: Temperado úmido, de altitude. Verão quente e úmido e inverno mais rigoroso (Tºs abaixo de 18ºC). Principal característica: diminuição das temperaturas.
·        Vegetação: Estrato herbáceo e arbustivo denso. ENORME TAXA DE ENDEMISMO (isolamento topográfico e adaptativo).
o       Cerrado-rupestre: localiza-se em geral, nas encostas de morros acima dos campos sujos e úmidos. Com cobertura arbórea de 5 a 20%, altura média de 2 a 4m e estrato herbáceo-arbustivo dominante.
·        Flora:
  • ·        Araticum – Annona crassiflora
  • ·        Binco de princesa – Loudetiopsis chrysothix
  • ·        Douradinha – Syngonanthus nitens
  • ·        Flor de pau – Wunderlichia crulsiana
  • ·        Jazida dourada – Paepalanthus flacidus
  • ·        Palipalã do brejo – Paepalanthus elongatus
  • ·        Sombreiro – Paepalanthus speciosus
  • ·        Candombá – Vellozia variabilis
  • ·        Flor de santa rita – Kielmeyera rubriflora
  • ·        Capim arroz – Lagenocarpus rigidus
·        Fauna:
·        Campos sulinos: pouco conhecidos em relação à sua biodiversidade.
·        102 espécies de mamíferos: 5 endêmicas;
·        476 sps. de aves Þ 2 endêmicas: Scytalopus iraiensis e Cinclodes pabsti;
·        50 esp. de peixes Þ 12 endêmicas;

·        Conservação:
·        O estado atual de conservação do bioma Campos Sulinos é pouco conhecido Þ pouca avaliação da cobertura dos remanescentes.
·        Por ser uma formação campestre é necessário o aperfeiçoamento da tecnologia de reconhecimetno dos diferentes usos da terra na região.
·        Pouca representatividade no sistema de unidades de conservação.
·        Forte pressão antrópica: incidência de fogo, introdução de espécies forrageiras e a atividade pecuária Þ áreas em processo de desertificação.
·        Unidades de conservação: PE do Espinilho (campos sulinos), PN da Serra do Cipó, PN da Serra da Canastra (MG